sexta-feira, 11 de março de 2011

Brasil condena "intolerância" religiosa na ONU

Apenas as religiões africanas e a fé Bahai foram citadas

A missão brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra fez nesta quinta-feira uma declaração enfática, condenando a intolerância religiosa no mundo. O posicionamento foi manifestado durante a sessão sobre “liberdade de religião e crenças” do Conselho de Direitos Humanos, cuja 16ª reunião ocorre desde o final de fevereiro.
A declaração oficial, lida na sessão principal do dia no Conselho de Direitos Humanos, diz: “O Brasil deplora veementemente todas as ações de discriminação e incitação ao ódio religioso que vêm ocorrendo em várias partes do mundo. Muitas vidas inocentes foram perdidas por causa da intolerância e da ignorância”.
Embora o Brasil seja o maior país católico do mundo, os representantes do governo da Dilma na ONU não se lembraram de deplorar o assassinato na semana passada do católico Shahbaz Bhatti, único ministro cristão no governo do Paquistão. Os diplomatas brasileiros também não se lembraram de mencionar os quase 200 mil assassinatos por ano de cristãos no mundo inteiro. A maioria desses assassinatos é cometida em países muçulmanos. Em segundo lugar, vem o marxismo.

Mesmo sendo o Cristianismo hoje de longe a religião mais perseguida no mundo, o documento do governo da Dilma só mostrou uma preocupação seletiva do Brasil com a situação dos seguidores de certas religiões que são alvos de discriminação em diversas partes do mundo, como as crenças de origem africana e a fé Bahai. “O Brasil reitera seu compromisso de assegurar uma sociedade plural, tolerante e livre. A liberdade de religião e de crenças é um direito fundamental garantido pela Constituição do país”.
De acordo com a revista Veja, o texto é uma das ações mais representativas do Brasil em um importante fórum internacional nos últimos ano, mostrando que o Brasil está “dando mais importância aos direitos humanos”.
Contudo, embora a estratégia tenha mudado, o que o governo da Dilma fez foi prosseguir a política do governo Lula, que já vinha defendendo abertamente na ONU o candomblé e outras religiões afros.
Com informações da revista Veja.
Julio Severo

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