quinta-feira, 26 de abril de 2012

Antraz e antibióticos: a evolução é relevante?


Depois do ataque terrorista de 11 de Setembro, muitas pessoas temem um novo perigo – a guerra biológica na forma de antraz. Talvez compreensivelmente, muitos americanos estão tomando antibióticos, como Cipro (ciprofloxacina), como medida preventiva. Dados da companhia de monitoramento farmacêutico NDCHealth de Atlanta, Geórgia, mostram que quase 63.000 mais prescrições de Cipro foram emitidas na terceira semana de Outubro sozinha do que em todo o ano anterior. No entanto, isso tem causado algumas preocupações na classe médica de que o uso excessivo de antibióticos poderia resultar em resistência aos antibióticos em muitos tipos de bactéria. Não surpreendentemente, a mídia secular dominada pelo humanismo tem usado frases como “Bactérias evoluem resistência a medicamentos muito rapidamente”. Felizmente, na atual rodada de artigos, não tenho visto repetida a explosão histérica de um propagandista evolucionista particular que afirmou que as pessoas morrerão por causa dos criacionistas, porque alegadamente eles falharão em entender este fato vital da evolução da resistência a medicamentos.
Nós abordamos a resistência aos antibióticos em muitos artigos neste site. Então, aqui será suficiente resumir as questões principais para capacitar as pessoas a avaliarem criticamente quaisquer artigos sobre este pânico atual. Primeiro alguns princípios:

·   Preste atenção no equívoco, i.e., o uso do mesmo termo de diferentes maneiras no mesmo artigo. É muito comum os propagandistas evolucionistas definirem evolução como (1) simplesmente “mudança em uma população ao longo do tempo”, e também como (2) a idéia de que toda a vida veio de uma única célula, que veio de uma sopa química. Então eles mostram exemplos de “evolução” (1) e usam isso para provar a evolução (2), e então afirmam que a criação Bíblica está errada! No entanto, o modelo criacionista bíblico implica que os organismos mudam ao longo do tempo – mas essas mudanças sempre envolveriam triagem ou perda de informação genética já existente (criada), nunca o ganho de nova informação. Mas a evolução (2) requer o ganho de nova informação. Mesmo se processos de perda de informação (ou neutros) pudessem continuar por bilhões de anos, eles nunca iriam adicionar um ganho de informação. Ao invés, para apoiar a evolução (2), os evolucionistas devem demonstrar mudanças que acrescentem informação. Se essa teoria fosse verdade, deveria haver uma abundância de exemplos, mas nós ainda temos que observar até mesmo um único exemplo. Desde que a evolução (2) é a única questão em jogo na controvérsia criação/evolução, nós recomendamos não se referir a qualquer mudança como “evolução” – nem mesmo como “micro-evolução” – e reservar o termo “evolução” para o sentido (2).

·   Seleção natural não é evolução. Isso meramente elimina organismos e a informação que eles contêm; ela não gera nova informação. O criacionista Edward Blyth discutiu sobre a seleção natural 25 anos antes de Darwin, mas reconheceu que ela é uma força conservadora, não criativa.

·    Mutações não são evolução. Elas são erros de cópia nos genes. Nenhuma mutação é conhecida que tenha acrescentado o conteúdo de informação; toda mutação conhecida tem ou diminuído o conteúdo de informação ou sido informacionalmente neutra. Isso se aplica até mesmo aos raros exemplos de mutações benéficas.
Para aplicar esses princípios à resistência aos antibióticos, há várias maneiras que os germes podem adquirir resistência aos medicamentos, nenhuma das quais tem nada a ver com a evolução de uma gosma até tu passando pelo zoológico:

·   Seleção natural: os medicamentos destroem todos os germes não-resistentes, e assim os germes mais resistentes sobrevivem e se multiplicam. Isto leva a uma população inteira que é resistente aos antibióticos. Isso não é evolução porque a resistência já existia na população. Apesar disso, a série propaganda “Evolução” da PBS usou a seleção da resistência a antibióticos em germes da tuberculose pré-existente como uma “prova” principal. Na verdade, algumas bactérias revividas de cadáveres congelados antes do desenvolvimento de antibióticos têm mostrado resistência.

Seleção para bactérias resistentes é um perigo real quando um paciente falha em completar um curso de antibióticos prescrito (60 dias para o Cipro) – i.e. pára de tomar o medicamento quando os sintomas amenizam, o que significa só que a maioria dos germes foram destruídos. Os remanescentes requerem as doses finais de antibióticos para acabar com eles, mas se o tratamento pára, eles são livres para se multiplicarem. Nesse tempo o medicamento é muito menos eficaz, já que a população remanescente tenderá a ser a mais resistente.

Esse problema da seleção de variedades resistentes se aplica não somente ao germe alvo, mas a todos os outros tipos afetados pelo mesmo antibiótico. Essa é a principal razão que a classe médica está preocupada com pessoas tomando Cipro por uns poucos dias por causa do pânico do antraz. De fato, o uso excessivo de Cipro poderia resultar em muitos germes que são resistentes a esse medicamento, assim a preocupação é muito bem fundamentada. Antibióticos, como medida preventiva, são garantidos somente onde há evidência de que as pessoas estavam em uma “zona de respiração” de mortais esporos de antraz no ar, não para a forma mais suave de antraz cutânea.

·     Algumas vezes bactérias podem passar informações para outras bactérias, através de pedaços de DNA chamados plasmídeos. Às vezes, plasmídeos contêm informação para a resistência a antibióticos. Mas, aqui também a informação já existia, então isso não é evolução.

·  Mutações com perda de informação podem conferir resistência. Tais mutações são freqüentemente prejudiciais em um ambiente “comum”, sem antibióticos. É bem documentado que muitas “superbactérias” são realmente “super fracas” por essa razão – veja Superbugs not super after all. Além disso, alguns tipos de mutações com perda de informação evidentemente causam a resistência do HIV aos medicamentos antivirais, porque os tipos “selvagens” facilmente ganham dos tipos resistentes concorrentes quando o medicamento é removido. Apesar disso, isso foi promovido como outra “prova” da evolução pela série da PBS.
Então, como uma perda de informação confere resistência? Aqui estão alguns mecanismos observados:

·   Uma bomba na parede celular prende o antibiótico. Uma mutação incapacitando essa bomba irá prevenir que a bactéria absorva seu próprio executor. Mas no meio selvagem, uma bactéria com uma bomba desativada será menos apta do que outras bactérias porque a bomba também traz nutrientes, etc, para a célula.
·      Um gene de controle regula a produção de uma enzima que destrói o antibiótico, e.g. penicilinase que destrói a penicilina. Uma mutação incapacitando esse gene destrói a regulação da produção, então muito mais enzima é produzida. Tal bactéria pode lidar com mais antibióticos do que as outras, mas no meio selvagem, ela seria menos apta do que a normal porque está desperdiçando recursos valiosos produzindo mais enzima do que é necessário.
·    Uma enzima é altamente especializada para quebrar muito bem um tipo específico de substância química,  e dificilmente afeta outras substâncias. Uma mutação poderia reduzir sua especificidade, i.e. ela não mais faz seu trabalho principal tão bem, e afeta outras substâncias em certa extensão também. Normalmente, um sistema biológico com tal mutação não funcionaria também, e especificidade reduzida é informação reduzida por definição. Mas, às vezes as outras substâncias químicas afetadas acontecem de ser antibióticos, então esse tipo de mutação confere resistência. Veja uma discussão adicional nesta refutação de um crítico  e o livro Not By Chance (canto superior à direita), cap. 5.
·  O antibiótico estreptomicina funciona se fixando em um lugar precisamente correspondente na superfície de um ribossomo da bactéria, onde ocorre a decodificação da informação para as proteínas. Quando a estreptomicina se liga, ela faz esse maquinário parar de produzir direito as proteínas, e a bactéria morre. A resistência ao medicamento pode ser causada por uma mutação com perda de informação que degrada a superfície do ribossomo de uma bactéria, o que reduz a habilidade de ligação do medicamento ao ribossomo, prevenindo uma ruína da máquina de fabricação das proteínas.
·     Mais detalhes sobre mutações com perda de informação aumentando a resistência podem ser encontrados no artigo Is bacterial resistance to antibiotics an appropriate example of evolutionary change?

Estes princípios devem ser suficientes para demonstrar que essas últimas reivindicações sobre bactérias “evoluindo” resistência não são uma ameaça à criação Bíblica. Apesar disso tudo, muitos evolucionistas se vangloriam sobre a resistência aos antibióticos como uma “predição” impressionante da evolução. Mesmo à parte dos pontos acima, isso é uma história revisionista.

Historicamente, a resistência aos antibióticos primeiramente tomou os médicos de surpresa – até mesmo mais tarde até 1969, especialistas declararam que “doenças infecciosas são coisa do passado”. I.e. a resistência aos antibióticos foi dificilmente uma “predição” da evolução, mas é realmente um fenômeno explicado “depois do fato” pela linguagem evolucionista. Mas como mostrado, o modelo Bíblico da Criação e da Queda o explica melhor.