Depois do ataque terrorista de 11 de Setembro, muitas pessoas temem um novo perigo
– a guerra biológica na forma de antraz.
Talvez compreensivelmente, muitos americanos estão tomando antibióticos, como
Cipro (ciprofloxacina), como medida preventiva. Dados da companhia de
monitoramento farmacêutico NDCHealth de Atlanta, Geórgia, mostram que
quase 63.000 mais prescrições de Cipro foram emitidas na terceira semana de
Outubro sozinha do que em todo o ano anterior. No entanto, isso tem causado
algumas preocupações na classe médica de que o uso excessivo de antibióticos
poderia resultar em resistência aos antibióticos em muitos tipos de bactéria.
Não surpreendentemente, a mídia secular dominada pelo humanismo tem usado
frases como “Bactérias evoluem resistência a medicamentos muito rapidamente”. Felizmente,
na atual rodada de artigos, não tenho visto repetida a explosão histérica de um
propagandista evolucionista particular que afirmou que as pessoas morrerão por
causa dos criacionistas, porque alegadamente eles falharão em entender este
fato vital da evolução da resistência a medicamentos.
Nós abordamos a resistência aos antibióticos em muitos
artigos neste site. Então, aqui será suficiente resumir as questões principais para
capacitar as pessoas a avaliarem criticamente quaisquer artigos sobre este pânico
atual. Primeiro alguns princípios:
· Preste atenção no equívoco,
i.e., o uso do mesmo termo de diferentes maneiras no mesmo artigo. É muito
comum os propagandistas evolucionistas definirem evolução como (1) simplesmente
“mudança em uma população ao longo do tempo”, e também como (2) a idéia de que
toda a vida veio de uma única célula, que veio de uma sopa química. Então eles
mostram exemplos de “evolução” (1) e usam isso para provar a evolução (2), e
então afirmam que a criação Bíblica está errada! No entanto, o modelo
criacionista bíblico implica que os
organismos mudam ao longo do tempo – mas essas mudanças sempre envolveriam
triagem ou perda de informação genética já existente (criada), nunca o ganho de nova informação. Mas a evolução (2) requer o ganho de nova informação. Mesmo se processos de
perda de informação (ou neutros) pudessem continuar por bilhões de anos, eles nunca iriam adicionar um ganho de informação. Ao invés, para apoiar
a evolução (2), os evolucionistas devem demonstrar mudanças que acrescentem
informação. Se essa teoria fosse verdade, deveria haver uma abundância de exemplos, mas nós ainda temos
que observar até mesmo um único
exemplo. Desde que a evolução (2) é a única questão em jogo na controvérsia
criação/evolução, nós recomendamos não se referir a qualquer mudança como “evolução”
– nem mesmo como “micro-evolução” – e reservar o termo “evolução” para o sentido
(2).
· Seleção natural não é evolução. Isso meramente elimina organismos e a informação
que eles contêm; ela não gera nova informação. O criacionista Edward Blyth
discutiu sobre a seleção natural 25 anos antes de Darwin, mas reconheceu que
ela é uma força conservadora, não
criativa.
· Mutações não são evolução. Elas são erros de cópia nos genes.
Nenhuma mutação é conhecida que tenha acrescentado o conteúdo de informação; toda
mutação conhecida tem ou diminuído o conteúdo de informação ou sido
informacionalmente neutra. Isso se aplica até mesmo aos raros exemplos de
mutações benéficas.
Para aplicar esses
princípios à resistência aos antibióticos, há várias maneiras que os germes
podem adquirir resistência aos medicamentos, nenhuma das quais tem nada a ver
com a evolução de uma gosma até tu passando pelo zoológico:
· Seleção natural: os medicamentos destroem todos os
germes não-resistentes, e assim os germes mais resistentes sobrevivem e se
multiplicam. Isto leva a uma população inteira que é resistente aos
antibióticos. Isso não é evolução
porque a resistência já existia na população. Apesar disso, a série
propaganda “Evolução” da PBS
usou a seleção da resistência
a antibióticos em germes da tuberculose pré-existente como uma “prova” principal. Na verdade, algumas bactérias
revividas de cadáveres congelados antes do desenvolvimento de antibióticos têm
mostrado resistência.
Seleção para
bactérias resistentes é um perigo real quando um paciente falha em completar um
curso de antibióticos prescrito (60 dias para o Cipro) – i.e. pára de
tomar o medicamento quando os sintomas amenizam, o que significa só que a maioria dos germes foram destruídos. Os
remanescentes requerem as doses finais de antibióticos para acabar com eles,
mas se o tratamento pára, eles são livres para se multiplicarem. Nesse tempo o
medicamento é muito menos eficaz, já que a população remanescente tenderá a ser
a mais resistente.
Esse problema da seleção de variedades resistentes se aplica
não somente ao germe alvo, mas a todos os outros tipos afetados pelo mesmo
antibiótico. Essa é a principal razão que a classe médica está preocupada com
pessoas tomando Cipro por uns poucos dias por causa do pânico do antraz. De
fato, o uso excessivo de Cipro poderia resultar em muitos germes que são
resistentes a esse medicamento, assim a
preocupação é muito bem fundamentada. Antibióticos, como medida preventiva,
são garantidos somente onde há evidência de que as pessoas estavam em uma “zona
de respiração” de mortais esporos de antraz no ar, não para a forma mais suave de
antraz cutânea.
· Algumas
vezes bactérias podem passar informações
para outras bactérias, através de pedaços de DNA chamados plasmídeos. Às vezes, plasmídeos contêm informação para a resistência
a antibióticos. Mas, aqui também a informação já existia, então isso não é
evolução.
· Mutações com perda de informação podem conferir resistência. Tais
mutações são freqüentemente prejudiciais em um ambiente “comum”, sem
antibióticos. É bem documentado que muitas “superbactérias” são realmente
“super fracas” por essa razão – veja Superbugs not super
after all. Além disso,
alguns tipos de mutações com perda de informação evidentemente causam a resistência
do HIV aos medicamentos antivirais, porque os tipos “selvagens” facilmente ganham dos tipos resistentes
concorrentes quando o medicamento é removido. Apesar disso, isso foi promovido
como outra “prova” da evolução pela série da PBS.
Então, como uma perda de
informação confere resistência? Aqui estão alguns mecanismos observados:
· Uma
bomba na parede celular prende o
antibiótico. Uma mutação incapacitando essa
bomba irá prevenir que a bactéria absorva seu próprio executor. Mas no meio
selvagem, uma bactéria com uma bomba desativada será menos apta do que outras
bactérias porque a bomba também traz nutrientes, etc, para a célula.
· Um
gene de controle regula a produção de
uma enzima que destrói o antibiótico, e.g. penicilinase que destrói a
penicilina. Uma mutação incapacitando esse
gene destrói a regulação da produção, então muito mais enzima é produzida. Tal
bactéria pode lidar com mais antibióticos do que as outras, mas no meio
selvagem, ela seria menos apta do que a normal porque está desperdiçando
recursos valiosos produzindo mais enzima do que é necessário.
· Uma
enzima é altamente especializada para quebrar muito bem um tipo
específico de substância química, e dificilmente afeta outras substâncias. Uma
mutação poderia reduzir sua
especificidade, i.e. ela não mais faz seu trabalho principal tão bem, e
afeta outras substâncias em certa extensão também. Normalmente, um sistema
biológico com tal mutação não funcionaria também, e especificidade reduzida é informação
reduzida por definição. Mas, às vezes
as outras substâncias químicas afetadas acontecem de ser antibióticos, então
esse tipo de mutação confere resistência. Veja uma discussão adicional nesta refutação
de um crítico e o livro Not
By Chance (canto superior à direita), cap. 5.
· O
antibiótico estreptomicina funciona se fixando em um lugar precisamente correspondente na superfície de um ribossomo da
bactéria, onde ocorre a decodificação da informação para as proteínas. Quando a
estreptomicina se liga, ela faz esse maquinário parar de produzir direito as
proteínas, e a bactéria morre. A resistência ao medicamento pode ser causada
por uma mutação com perda de informação que degrada a superfície do ribossomo
de uma bactéria, o que reduz a
habilidade de ligação do medicamento ao ribossomo, prevenindo uma ruína da
máquina de fabricação das proteínas.
· Mais
detalhes sobre mutações com perda de informação aumentando a resistência podem
ser encontrados no artigo Is bacterial resistance to
antibiotics an appropriate example of evolutionary change?
Estes
princípios devem ser suficientes para demonstrar que essas últimas
reivindicações sobre bactérias “evoluindo” resistência não são uma ameaça à
criação Bíblica. Apesar disso tudo, muitos evolucionistas se vangloriam sobre a
resistência aos antibióticos como uma “predição” impressionante da evolução.
Mesmo à parte dos pontos acima, isso é uma história revisionista.
Historicamente, a resistência aos antibióticos primeiramente tomou os médicos
de surpresa – até mesmo mais tarde até 1969, especialistas declararam que
“doenças infecciosas são coisa do passado”. I.e. a resistência aos antibióticos
foi dificilmente uma “predição” da evolução, mas é realmente um fenômeno
explicado “depois do fato” pela linguagem evolucionista. Mas como mostrado, o
modelo Bíblico da Criação e da Queda o explica melhor.
Por: Dr. Jonathan Sarfati